19/08/2019
"Jesus disse: "Você não teria autoridade alguma sobre mim se esta não lhe fosse dada de cima..." (Jo 19.11)
Após Jesus receber a condenação, apesar de Pilatos ter considerado-o inocente por três vezes, o povo, juntamente com os líderes religiosos, exigiram Sua crucificação. Evidente que o governador da Judeia sabia da inocência do Mestre, mas não O libertou para agradar a maioria. O que no meu ponto de vista, torno-o ainda mais covarde do que aparenta ser.
Entretanto, quero deixar um esclarecimento a todos vocês. Quando nos deparamos com a crucificação e morte de Cristo, somos tentados a pensar que, tanto o povo judeu, como os líderes religiosos e políticos foram os responsáveis pela Sua condenação.
Vamos refletir um pouco! Desde o princípio, quando ocorreu a queda do homem no Jardim do Éden, em virtude da desobediência, Deus estabeleceu um plano que consistia em resgatar o homem novamente para junto Dele. Parte desse plano, ou melhor, o mais importante era o fato que, um inocente precisaria morrer para fazer as vezes do pecador. Sendo assim, a saída encontrada foi que Deus se tornasse homem, habitasse em nosso meio, vivesse como um de nós (Jo 1.14), e no momento oportuno, fosse sacrificado em prol da humanidade. Haja vista que, somente o Filho de Deus, Jesus Cristo, estava habilitado para essa missão.
Além disso, veja o que Jesus diz acerca da autoridade que lhe foi dada: "...sacrifico a minha vida para tomá-la de volta. Ninguém a tira de mim, mas eu mesmo a dou. Tenho autoridade para entregá-la e também para tomá-la de volta..." (Jo 10.17,18).
Ainda dentro do capítulo 19, Pilatos faz a seguinte pergunta à Jesus: "Não sabe que tenho autoridade para soltá-lo ou crucificá-lo?" (v.10b) Mas, Jesus responde demonstrando quem realmente tem autoridade: "Você não teria autoridade nenhum sobre mim se esta não lhe fosse dada de cima..." (v.11a).
O apóstolo Paulo entendeu essa premissa perfeitamente, veja o que ele afirma: "Jesus entregou sua vida por nossos pecados, a fim de nos resgatar deste mundo mau, conforme Deus, nosso Pai, havia planejado". (Gl 1.4)
Assim podemos concluir que, ninguém matou/assinou Jesus, mas Ele mesmo, como resposta ao plano de Deus, entregou-se como sacrifício por toda a humanidade. Aqueles que insistem em propagar a falácia de que os judeus assassinaram a Jesus, são os que querem promover o ódio em relação a nação de Israel.
Obra maravilhosa essa que, somente o amor pode explicar, Deus se fez homem e morreu em nosso lugar, por livre e espontânea vontade e nos resgatou do pecado e nos aproximou de Deus novamente.
Pr Iranildo.
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